Atualmente o assunto é muito comentado, porém já ocorre a
muitos anos, digo isso porque fui vitima a alguns anos atrás, passar por isso é
uma experiência muito ruim e muito traumática também, por isso devemos fazer de
tudo para prevenir que essas situações ocorram, como professores devemos estar
muito atento a essas situações e intervir quando necessário, pois o bullying
pode provocar sérios problemas com o aluno intervindo negativamente na sua vida
adulta. Aqui você encontra um pouco mais sobre o bullying e também sobre o cyberbullying, que acontece hoje através da internet é o bullying que ocorre em meios
eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por
e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares, portanto É quase uma extensão do que os alunos dizem e
fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão
cara a cara. Portanto a de se ater aos dois aos que ocorrem pessoalmente e aos
que ocorrem pela internet para combate-los.
O que é bullying? Definição
Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões
intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais
alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra
inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma
denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão,
intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz(224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças
e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou
separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de
trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o
bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte
por soluções trágicas, como o suicídio.
O que não é bullying?
O que não é bullying?
Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e
aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying. Para que seja
bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas de classe ou
de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda
a agressão é classificada como bullying
Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da
Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser
dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro
características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da
agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com
relação à ofensa. ''Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou
ignora, desmotivando a ação do autor'', explica a especialista.
O bullying é um fenômeno recente?
Não.
O bullying sempre existiu.
No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus,
professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970. Ao estudar as
tendências suicidas entre adolescentes, o pesquisador descobriu que a maioria
desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying
era um mal a combater.
A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema", aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil (164 págs., Thesaurus Editora tel. (61) 3344-3738).
A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema", aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil (164 págs., Thesaurus Editora tel. (61) 3344-3738).
O que leva o autor do bullying a praticá-lo?
Querer
ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a
atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que
não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do
outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito
com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela
crueldade vivida pela vítima.
O espectador também participa do bullying?
Sim. É comum pensar que há apenas dois
envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para
esse terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito.
O
espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima
nem se junta aos autores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude
passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de
iniciativa para tomar partido.
Também são considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar. ''O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro.
Também são considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar. ''O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro.
Se
for pela internet, por exemplo, ele ‘apenas’ repassa a informação. Mas isso o
torna um coautor'', explica a pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do
livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas
e Educar para a Paz (224
págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868).
Como identificar o alvo
do bullying?
O alvo costuma ser uma
criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no
lar.
''Por essas características, dificilmente consegue reagir'', afirma o pediatra
Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de
Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Aí é que entra a questão da
repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a
provocação cesse. Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam
apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos
culturais, étnicos e religiosos.
"Também
pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida
pelas colegas", exemplifica Guilherme Schelb, procurador da República e
autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil (164 págs., Thesaurus Editora tel.
(61) 3344-3738).
O que fazer para
evitar o bullying?
A
Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência
(Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:
-
Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
-
Estimular os estudantes a informar os casos;
-
Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
-
Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o
regimento escolar;
-
Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
-
Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do
bullying.
Todo
ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não
ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o
pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro
passo é admitir que a escola é um local passível de bullying. É necessário
também informar professores e alunos sobre o que é o problema e deixar claro
que o estabelecimento não admitirá a prática.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade", afirma o pediatra.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade", afirma o pediatra.
O que é bullying virtual ou cyberbullying?
É
o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou
ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes
sociais e celulares.
É quase uma extensão do que os alunos dizem e fazem na escola, mas com o
agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara.
Dessa
forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os
efeitos podem ser tão graves ou piores. "O autor, assim como o alvo, tem
dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar
novos", explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e
pesquisadora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação
da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp).
Esse tormento que é a agressão pela internet faz com que a criança e o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. "Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio."
Esse tormento que é a agressão pela internet faz com que a criança e o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. "Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio."
Como lidar com o cyberbullying?
O cyberbulling precisa receber o mesmo cuidado
preventivo do bullying e a dimensão dos seus efeitos deve sempre ser abordada
para evitar a agressão na internet. Trabalhar com a ideia de que nem sempre se
consegue apagar aquilo que foi para a rede dá à turma a noção de como as piadas
ou as provocações não são inofensivas. ''O que chamam de brincadeira pode
destruir a vida do outro. É também responsabilidade da escola abrir espaço para
discutir o fenômeno'', afirma Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e
professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Caso o bullying ocorra, é preciso deixar evidente para crianças e
adolescentes que eles podem confiar nos adultos que os cercam para contar sobre
os casos sem medo de represálias, como a proibição de redes sociais ou
celulares, uma vez que terão a certeza de que vão encontrar ajuda. ''Mas,
muitas vezes, as crianças não recorrem aos adultos porque acham que o problema
só vai piorar com a intervenção punitiva'', explica a especialista.
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